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quarta-feira

O que fazer quando não consegue trabalhar na sua área?

Quando somos mais novos, colocamos um nosso objetivo na nossa mente. Queremos ser médicos, jornalistas ou astronautas. Essa imagem de uma profissão dos nossos sonhos começa a ficar formada na nossa cabeça. Imaginamos um futuro perfeito, com uma casa, carro e uma família para aproveitarmos o final de semana. Mas com a chegada da vida adulta, vemos que essa noção da realidade, por vezes, não acontece como sonhamos. O aumento de pessoas licenciadas, tanto em Portugal como no Brasil, tem levado vários trabalhadores a pensar se aquele curso que tiraram na faculdade ou as horas que tanto estudaram servirão para alguma coisa.

Essa dúvida é perfeitamente normal que aconteça, principalmente quando os jovens saem da universidade e voltam para casa dos pais. É um momento certamente complicado, em que a mudança do dia-a-dia acontece de uma forma bastante radical. O stress das provas ou dos momentos divertidos com os colegas, são trocados por horas em casa e uma convivência com os pais a que muitos ex-estudantes já não estão habituados. Esta situação por levar os jovens a ficarem desmotivados, provocando em alguns casos, sintomas de depressão.

Neste grupo podemos dizer que também se enquadram todos os freelancers. Deixar o emprego e arriscar numa área profissional que adoram, quer seja ela Web Design ou fotografia, pode muitas vezes ser uma opção pouco viável, tanto em termos de oportunidade de trabalho como em rendimentos. E aí uma pergunta começa a surgir: O que vou fazer se não conseguir trabalhar na minha área?



MUDAR OU NÃO MUDAR DE ÁREA?

Quem procura trabalho numa área que sempre estudou, tem toda a legitimidade de o fazer. Estudou vários anos para isso, gastou dinheiro e, a princípio, é algo que adora fazer. Todos estes motivos levam as pessoas a acreditarem que devem lutar para conseguirem trabalhar nessa área. Mas até quando? Ou seja, qual será o momento certo para definitivamente esquecermos a ideia de trabalhar nesta área e pensar a arriscarmos outra completamente diferente? Não existe um período certo, tendo sempre o próprio trabalhador a “sentir” esse momento. Contudo, algumas pistas podem ajudá-lo a tomar essa decisão. Mas para que perceba de um modo mais claro o que estou a falar, aconselho que perca alguns minutos a dar uma vista de olhos na palestra realizada pelo Miguel Gonçalves, na qual ele aborda este tema.




ANALISE O MERCADO

O primeiro ponto que deve analisar quando está indeciso para trocar de área é verificar o mercado. Está em crescimento ou estagnado? Há algo que você possa fazer de diferente ou a internet já está substituindo funções que eram feitas por seres humanos? Imagine que trabalha como jornalista. Devido à internet, os jornais têm vendido cada vez menos, tornando mais difícil encontrar um trabalho na área.

Um dos caminhos que um recém-licenciado pode procurar é habituar-se a novos meios de trabalho, adaptando os seus conhecimentos de escrita, edição de som ou audio, para a internet. Com esta atitude, estaria a adaptar os seus conhecimentos a novos meios, fazendo com que o tempo investido a estudar não fosse em vão.

Mas esta mudança pode ser aplicada em várias áreas. Outro bom exemplo foi a opção tomada pelo Miguel Lucas, da Escola Psicologia, para dar consultas on-line através do Skype. O que ele fez foi adaptar os seus conhecimentos a uma nova área, criando uma ideia de negócio inovadora.

RECONHEÇA A SUA SITUAÇÃO

Se está com dificuldades em conseguir encontrar trabalho na sua área, é importante rapidamente reconhecer a sua situação. Nem todos nasceram para triunfar rapidamente. Por vezes, demora-se muito tempo a conseguir os primeiros clientes. Mas ao reconhecer a sua situação, irá criar uma vontade de maior de reverter essa situação. Esse foi mesmo um dos conselhos que dei no artigo sobre o tema “falhar pode ser um camino para o sucesso?“. Estar numa situação difícil e não o reconhecer é a pior mentira que pode fazer a você mesmo. Seja sincero, mas vá à luta.

NÃO CULPE OS OUTROS

Outra das piores mentiras que pode fazer a você mesmo é colocar a culpa em alguém. “Ai o Governo não me dá emprego” ou “Em outro País estaríamos a ser ajudados!”, são frases que se escutam facilmente, principalmente em tempos de crise como o que está a acontecer em Portugal. Mas será que o Governo tem mesmo obrigação de lhe dar trabalho?. Será que o mercado é o culpado por você não conseguir clientes enquanto freelancer?

É certo que tempos difíceis podem tornar mais trabalhosa a sua tentativa de ganhar dinheiro. Contudo, cabe aos trabalhadores adaptarem-se ao mundo que os rodeio em vez de ficar constantemente a reclamar dele. Tirar uma licenciatura ou ter algumas horas de um curso, transmitem apenas o conhecimento para poder triunfar numa área. Depois, caberá a você utilizar da forma mais correta tudo o que aprendeu. E com o aumento do número de pessoas qualificadas, conseguir trabalho tornou-se uma luta cada vez mais feroz.

ENTENDA O QUE OS CLIENTES QUEREM

Quando criar o seu currículo ou portfólio, tente ir de encontro ao que ao que as pessoas que vão contratar os seus serviços pretendem. Os clientes não querem saber se você tem muitos conhecimentos em photoshop ou em Illustrator. O que eles pretendem é saber como você vai utilizar a sua sabedoria para o ajudar. Os clientes estão nem aí para onde você estudou ou com quem você estudou. Eles apenas procuram alguém para fazer o trabalho que eles pretendem com a melhor qualidade possível.

FAÇA AS PERGUNTAS CORRETAS

Como o Miguel Gonçalves explicou no video e muito bem, muitas vezes fazemos as perguntas erradas. Ficam aqui alguns exemplos:
Porque ninguém responde às minhas ofertas?
Porque ninguém procura o que eu faço?
Porque só o meu colega do lado, com os mesmos conhecimentos que eu, tem sucesso e eu não?
Porque ninguém me ajuda a melhorar os conhecimentos e produtividade?

Questões como estas, devem rapidamente ser mudadas. Esta mentalidade está, certamente, a travar a sua evolução a nível profissional. Tente alterar estas perguntas para algo do género:
Como faço para as pessoas responderem às minhas ofertas?
Como posso dar a conhecer o meu trabalho, de forma que as pessoas prestam atenção ao que faço?
O que o meu colega do lado fez para ter sucesso que eu não fiz?
O que posso fazer para melhorar os meus conhecimentos e fazer com que as pessoas me ajudem?

Mudar a forma como você se questiona é uma excelente forma de ficar mais perto da solução e afastar o problema da sua vida. Alterar o modo como fala consigo mesmo pode alterar a sua forma de ver as coisas.

CONSIDERE MUDAR DE ÁREA

Por vezes, fazemos de tudo que está ao nosso alcance, mas a verdade é que as oportunidade acabam por não surgir. O momento pode não ser o correto, essa pode não ser mesmo a sua vocação ou simplesmente não tivemos sorte. Acontece a todos. Empresários de renome e empresas conceituadas também tentaram o lançamento de vários produtos e nem todos deram resultado. Vejamos o exemplo do Google. Esta empresa tem 107 serviços! Todos deram certo? Óbvio que não. O Google Buzz foi o último exemplo disso mesmo.

Contudo, a empresa continua tentando conquistar novos mercados. Está nas redes sociais, no email ou nos motores de busca. Se você não conseguiu atingir o sucesso na sua área, talvez é porque essa não é mesmo a sua área! Já pensou nisso? Compreendo que mudar possa ser um choque muito grande, especialmente quando já se tem uma idade mais avançada.

Por isso, se já tentou tudo o que podia e está há muitos anos nesta situação, pondere trocar de área. No video, o Miguel Gonçalves dá o exemplo da uma senhora que estava há sete anos à procura de emprego na sua área. Sete anos é, realmente, um período de tempo demasiado longo para que se esteja parado à procura de uma oportunidade.

E você, conseguiu logo trabalho na sua área? Teve que mudar para conseguir clientes? Conte-nos como fez e partilhe com os outros leitores.

Abraço e bom 2012!

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PIT

O Pit - Programa de Integração ao Trabalho das Faculdades São José tem como objetivo preparar e integrar o aluno para o mercado de trabalho, transmitir experiência profissional através de palestras, oficinas e workshops, além de captar vagas e supervisionar os estágios, também atua dando orientações e preparando os alunos para processos seletivos de estágios e empregos.