quinta-feira
Estudos x Mercado de trabalho
Ao contrário da maioria dos universitários brasileiros, estudantes em outros países não realizam estágios contínuos durante a faculdade. Nos quatro anos da graduação, eles se dedicam integralmente aos estudos e às atividades relacionadas à formação acadêmica. Como explica Marilda Bardal, da Escola Internacional de Alphaville, os estágios podem até existir durante a graduação no exterior, mas são curtíssimos, com duração aproximada de três meses e baixa ou nenhuma remuneração. “Não existe tanta urgência para que o aluno faça estágio e se insira na vida profissional, o que é ideal, pois a universidade é um período de formação e não de performance”, defende.
Por outro lado, quando estudantes formados no exterior voltam ao Brasil para disputar uma vaga no mercado de trabalho, competem com jovens que listam no currículo estágios na área de formação. Para Thaís Junqueira, da Fundação Estudar, a falta de experiência profissional não deve ser considerada uma desvantagem. “No Brasil os universitários fazem estágios e, no exterior, as universidades oferecem uma série de atividades extracurriculares. Nos dois casos o estudante consegue desenvolver as competências necessárias para entrar no mercado de trabalho”, diz.
Um pé lá, outro cá – Para suprir esse déficit de vivência profissional, uma prática comum entre brasileiros que estudam em universidades fora do país é a realização de um estágio durante as férias. No Brasil, empresas como a Fiat e a Monsanto, oferecem programas de estágio nos meses de janeiro e fevereiro ou julho. Segundo Taís Junqueira, essa experiência é fundamental para que o estudante continue atento às oportunidades de trabalho do mercado. “Isso é importante para manter um vínculo de formação profissional com o Brasil”, completa.
Fora isso, a maioria das universidades internacionais conta com uma central de empregos com oportunidades para os alunos dentro e fora do campus. Os locais de trabalho mais comuns são na biblioteca, nos laboratórios ou em escritórios e departamentos das faculdades, sendo que a jornada de trabalho não ultrapassa doze horas por semana. Trabalhar na universidade é uma alternativa para os alunos conseguirem uma fonte de renda, mas sem atrapalhar o desempenho acadêmico. Afinal, fora do Brasil o que realmente importa é uma formação acadêmica completa, com um olhar menos profissional para o ensino.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.