"Quem entende as atitudes corporais prevê as reações antes de elas serem verbalizadas", diz Sergio Senna Pires, psicólogo e especialista em linguagem corporal. O seu corpo fala coisas sobre você e para você. Pesquisadores das universidades americanas de Columbia e Harvard descobriram que certas posturas podem fazer com que o cérebro se sinta propenso a enfrentar situações de risco ou se sinta subserviente e com pouca coragem para encarar desafi os. Veja abaixo algumas posições comuns e aprenda a interpretá-las.

A posição estimula a pessoa a correr riscos. A sensação de poder propicia o aumento dos níveis de testosterona (que regula a agressividade) e a queda dos níveis de cortisol (hormônio associado ao estresse).
Isso causa bem-estar. A versão light dela é comum nas empresas: um chefe com as mãos atrás da cabeça e o tronco inclinado para trás. Imite sem exagerar, para não parecer arrogância.

Sentar-se na borda da cadeira com os ombros bem encolhidos e as mãos em cima do colo é mau sinal. A posição representa culpa, falta de poder e autoestima lá embaixo.
Segundo o livro Linguagem Corporal no Trabalho (Ed. BestSeller, R$ 34,90), da britânica Judi James, quem se senta desse jeito está muito desconfortável com alguma situação e quer sair correndo, por isso fica na beira da cadeira.

Quem se senta assim quer transparecer status. Mãos em posição de oração revelam uma pessoa analítica, crítica e que se protege por trás de uma máscara.
É alguém que vai disfarçar as reações — boas ou más. Mas cuidado. Muitas pessoas se sentam assim premeditadamente. "Nem sempre quem projeta o corpo dessa maneira é tão confiante quanto parece", diz Sergio Pires.

Postura ambígua. O tronco demonstra tranquilidade e extroversão, com os braços desembaraçados e o sorriso calmo. Já a parte inferior mostra que essa pessoa não está tão confortável quanto tenta parecer.
Os tornozelos cruzados em uma posição que desafia o equilíbrio indicam apreensão e desconforto. Segundo Sergio, quem se posiciona assim está fazendo, por pura obrigação, algo que odeia. "O profissional finge que está feliz ao falar com determinado interlocutor, mas os pés contam a verdade: há um grande incômodo."

Só abraça o próprio corpo quem se sente ameaçado e percebe que não tem poder para solucionar problemas. "É uma postura de preservação", diz Sergio Pires.
Ficar nessa pose também desencadeia reações físicas. Segundo a pesquisa americana, pessoas que se encolhem demais produzem muito cortisol e pouca testosterona, exatamente o contrário do que proporciona uma pose de poder. A combinação desses hormônios é catastrófica. O cérebro entende que está ameaçado e que não é capaz de resolver problemas.

Se no meio de uma negociação alguém se levantar, inclinar o tronco em sua direção e manter uma das mãos espalmada no tampo da mesa, saiba que você está lidando com um profissional que quer mostrar que quem manda ali é ele.
A mão em cima da mesa demonstra impulsão e o tronco inclinado, interesse e agressividade. "É a posição de quem exige uma tomada rápida de decisão", explica Sergio Pires. Além do chefe, pode acontecer de um cliente se posicionar assim numa reunião.
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